OLHARES COM SENTIDOS
FERNANDA GIL
PÁGINA PESSOAL
OLHARES COM SENTIDOS
O RIO
Amo este rio que me envolve e lava a alma
Doce brisa, suave encanto
Obrigada amigos, que me proporcionaram momentos maravilhosos
Velejando volto, serena e calma!
Agora sim, recuperei energias para enfrentar tudo o mais que aí vem!
Fotografia: Fernanda Gil
Texto: Fernanda Gil
"são os barcos e somos nós....", diz o sr. Diogo com alguma amargura na voz
Fotografia: Fernanda Gil
Texto: Fernanda Gil
apenas eu e o rio
recupero energias nos cheiros, nos sons
na leve brisa, nas águas calmas
apenas eu e o rio
deito-me na areia, suave
são breves minutos de calma
breves momentos de renovação
quando voltar, já serei outra
Fotografia: Fernanda Gil
Texto: Fernanda Gil
Na ondulação suave bebia as histórias contadas
Árdua lida das gentes do rio, gente fadada
Espelhado na água do rio, via o sentido da vida
Que num tempo longínquo ficara perdida
Fotografia: João Ramos
Texto: Fernanda Gil
São águas que correm mesmo que sem propósito de chegar, antes alagam e fertilizam em perpétua renovação.
Logo retornarão ao ventre da terra até de novo emergirem para de novo iluminarem olhares atentos num maravilhamento que não se cansa de se maravilhar.
Fotografia: Fernanda Gil
Texto: Manuel João Croca
voaram cores, pintaram as águas de alegria
era tempo de rir e de dançar
e no espaço imaginário, formaram-se casas onde nós podíamos morar
era um tempo bom, um tempo de sonho que nós queríamos viver
Fotografia: João Ramos
Texto: Fernanda Gil
Olha, deixei-me morrer porque não me apetecia navegar mais. Tu falas-me dos ventos na quilha e da frescura das águas cremosas dos lodos. Falas-me de aventuras por viver, do cheiro a maresia e do grito das gaivotas e eu sinto e sei que tens razão. Que são bons os motivos e que há inúmeras razões para continuar. Sim, tu falas com a sabedoria do tempo marinado pelo frémito do devir e não pretendo nem posso contrariar-te mas, deixa-me agora sossegar, pousar num descanso. Não perguntes por quanto tempo. O tempo analisado por fracções torna-se ainda mais relativo, abstracto. Não te inquietes porque não é de desistência que falo. Apenas pousei para ganhar novo fôlego para continuar.
Fotografia: Fernanda Gil
Texto: Manuel João Croca