
OLHARES COM SENTIDOS
FERNANDA GIL
PÁGINA PESSOAL
SENTIDOS
Meninos que crescem
Num tempo fora do tempo
São infâncias perdidas
Vidas cativas
De um mundo
Que a nós, simples mortais
Nos parece longínquo e inalcansável...

Fotografia: Fernanda Gil
Texto: Fernanda Gil
dei uma chance aos meus sentidos
e passei a observar coisas que antes não via
dei uma chance ao meu coração
e consegui entender mais e perdoar quase sempre
dei uma chance à minha vida
e passei a amar pessoas e coisas de que antes nem sabia
e o riso passou a ter mais cor
a cor passou a ter mais melodia
a melodia passou a ter mais gente
e a gente passou a ser mais feliz

Fotografia: Fernanda Gil
Texto: Fernanda Gil
Por vezes perco-me no sentido da vida... onde começam e onde terminam os momentos mágicos... onde começam e onde terminam os momentos de ternura e partilha, de dor e de tormenta...
Mas no final, só os momentos mágicos perduram, só as pessoas que realmente nos amam ficam para sempre no nosso coração...
Por vezes perco-me no sentido da vida... onde começam e onde terminam os momentos mágicos... onde começam e onde terminam os momentos de ternura e partilha, de dor e de tormenta...
Mas no final, só os momentos mágicos perduram, só as pessoas que realmente nos amam ficam para sempre no nosso coração...

Fotografia: Armando Romão
Texto: Fernanda Gil
Senti as ondas do mar
numa brisa suave de cheiro a sal
Senti a liberdade de amar
para além das forças do bem e do mal
Eram espíritos livres a celebrar
amizades profundas de quem partilha um ideal

Fotografia: Fernanda Gil
Texto: Fernanda Gil
Os cheiros fortes que se cruzam, fazendo-nos inspirar fundo, como se aquele ar nos renovasse o espírito... o canto das aves que nos rodeiam os ouvidos, acompanhando-nos num compasso alegre, reforçando a sensação de liberdade.
Calcorreamos a montanha, ao longe o mar, azul intenso que se cruza com o infinito dos sonhos que transportamos.
A brisa sopra suave e fresca. Está um belo dia de Outono ainda cheirando a Verão.
Cansamo-nos por entre pedras e e penhascos, arranhamos pernas e braços por entre arvoredo e arbustos densos que nos cruzam o caminho.
Nada interessa perante tanta beleza. É o que nos faz prosseguir, mesmo sabendo que a volta será mais difícil.
Vale a pena.
São locais de cortar a respiração, locais de renovação.
Do espírito, da alma.
Invade-me uma calma imensa.
Ainda sinto os sons e os cheiros, tão peculiares em toda a caminhada.
Espero que me acompanhem por mais tempo, e quando penso nisso sorrio, e sinto-me leve, talvez meio idiota...
Hei-de lá voltar!

Fotografia: Fernanda Gil
Texto: Fernanda Gil