
OLHARES COM SENTIDOS
FERNANDA GIL
PÁGINA PESSOAL
SILÊNCIOS
Há silêncios que me encantam,
Entre o rio e a montanha, muitos ventos soprarão
Sussurando-me ao ouvido canções de encantar
Chora, chora que o tempo foi embora para não mais voltar
Pega numa flor, sente-lhe o cheiro, absorve a cor
Afasta toda a amargura, afasta qualquer dor
Num movimento ondulante, dança com alegria,
É tempo de viver com muita magia
O caminho já espreita, se o quiseres seguir
(07-06-2014)

Fotografia: Fernanda Gil
Texto: Fernanda Gil
Gosto deste silêncio...
Fecho os olhos, sentindo os raios de sol acariciando-me a pele
A ondulação suave desmaia na areia
num gentil vaivém que me embala os sentidos
As aves marinhas que pachorrentamente repousam
piando como vizinhas conversando amenamente
sentadas à porta de casa depois do almoço
Não se vê ninguém, não se ouve ninguém
Apenas eu e o rio
Apenas eu e as aves marinhas
eu e as flores silvestres que balançam
numa tímida dança
ao som da brisa que vem do rio...
Como nos entendemos!

Fotografia: Fernanda Gil
Texto: Fernanda Gil
em silêncio me cantaram
num tímido e doce som
tanto como me amaram
nesse tempo em que tinha o dom
de adivinhar o poder dos que deram
recebendo sem medo o bom
do que a vida e a terra ofereceram
para lá do rio, das árvores, do chão
do riso, das lágrimas, das cores
em tudo aquilo em que estão
cantos de tantos amores

Fotografia: Fernanda Gil
Texto: Fernanda Gil