top of page
RUMOS

por entre os dedos
corre a areia leve do pensamento
voam tristezas
pousam esvoaçando 
num desenho livre de sonhos sentidos
abre-se o sorriso
dançam estrelas
nos teus olhos de menina...

Fotografia: Fernanda Gil
Texto: Fernanda Gil

 

Vou imprimir novos rumos
Ao barco agitado que foi minha vida
Fiz minhas velas ao mar
Disse adeus sem chorar
E estou de partida
Todos os anos vividos
São portos perdidos que eu deixo pra trás
Quero viver diferente
Que a sorte da gente
É a gente que faz
O melhor é partir
Ir procurar outros mares
Esta lição que contigo aprendi
Tu me ensinaste em verdade
Que a felicidade está dentro de ti.

Fotografia: Fernanda Gil
Texto: Luís Gil

Não, não me conformo

Não me conformo com a estupidez humana

Não me conformo com a injustiça

Não me conformo com o desrespeito

Não! Não me conformo!

E lutarei sempre pela verdade das coisas

Pelos desfavorecidos da sorte

Pelo caminho de onde me querem desviar

Não me conformo!

A minha vontade será sempre mais forte que as amarras que me prendem

Cortam-me as asas, mas o meu pensamento libertar-me-á

E voarei sempre mais alto

Mesmo quando parecer que desejo o chão que me faz sentir segura

Mas que nunca me prendeu

Porque sou alma inquieta

Em busca de conhecimento

Não me conformo!

Fotografia: Armando Romão
Texto: Fernanda Gil

Nunca é fácil, a vida é dura. Por vezes os aparelhos pesam do vazio que transportam. Depende do êxito desta lida o pão da vida. Há normalidades que são brutalidades, vivemos esquecidos nas ruínas de uma vida que todos pensam já não existir. Vivemos agarrados à vida nestas vias sinuosas, sem medo. Desprezados, ignorados, escondidos, vivemos a tranquilidade daqueles que sabem que a vida pode pesar tanto quanto a força que nos faz sobreviver. Apenas o peso do vazio que transportamos conta. Porque quando o peso brilha no prateado saltitante do alimento que nos vem do rio, a força do ser e do querer invade-nos o espírito que não nos permite desistir. Gente do rio não verga. Gente do rio tem em cada ruga a força do vento e das águas que dão alento, e nos aliviam o peso da vida da gente.

 

 

Fotografia: Armando Romão,
"O Peso da Vida"
Texto: Fernanda Gil

quisera eu ter esta luz
que ilumina o final de dia ensolarado
no caminho de inverno que percorremos
aquecendo-nos a alma e relaxando a mente....

Fotografia: Fernanda Gil
Texto: Fernanda Gil

© Fernanda Gil.

Alhos Vedros - 2014 / 2017

bottom of page